Cibersegurança e Psicologia: união de áreas que traz ganhos à sociedade

No início do mês, as estudantes de psicologia da UFMG, Sofia Carneiro e Evelyn Costa,  proferiram a palestra “Cibersegurança aprimorada pela ciberpsicologia criminal: introdução, conceitos básicos e projetos”. O evento fez parte das ações do projeto de extensão Computer Network Insight (CNI), que tem a coordenação do professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, Aldri dos Santos, em parceria com o grupo de pesquisa Center for Computational Security sCience (CCSC).  O objetivo foi demonstrar aos alunos que a interdisciplinaridade na área da Cibersegurança pode produzir pesquisas de vanguarda e trazer diversos ganhos à sociedade. 

Estudante do sexto período e Interessada pelo estudo dos crimes em ambientes digitais sob o aspecto do comportamento humano, Sofia Carneiro acredita que a uma visão focada nas motivações e nos padrões de comportamento tem grande potencial para auxiliar a Cibersegurança, principalmente na capacidade de prevenção e antecipação do crime digitais. Além disso, a estudante defende que há a possibilidade de modelar uma intervenção de modo a ter menos danos e mais eficiência. “Palestramos sobre como a Cibersegurança pode ser aprimorada pela ótica da ciberpsicologia criminal e, desta forma, abordamos o novo projeto do professor Aldri na área. Sempre tive um interesse muito grande no estudo da psicologia criminal e forense. Acredito que os crimes no ambiente digital ainda carecem de um estudo com uma abordagem mais psicológica. Sendo assim, é nesse cenário que meu interesse pela área da Ciberseguranca se concretizou, vendo a necessidade de garantir a melhor segurança do ambiente digital por meio do estudo do comportamento humano”, disse. 

Evelyn, também estudante de Psicologia da UFMG, mas do terceiro período, contou que na palestra apresentaram aos alunos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação como a área de Cibersegurança pode incorporar elementos da Psicologia para aprimorar as técnicas e práticas já existentes. “Apresentamos conceitos psicológicos introdutórios que perpassam pela nossa pesquisa, como vieses cognitivos e de personalidade”, falou. A aluna fez o Ensino Médio Técnico em Informática no CEFET-MG, assim, desde que entrou na universidade desejava alguma forma de unir as duas áreas de pesquisa que lhe interessam. “Quando surgiu a chamada de IC de Cibersegurança para alunos da Psicologia, percebi que era uma excelente oportunidade para isso”, falou.

A aluna também ressaltou a importância das duas áreas de pesquisa trabalharem juntas e a grande contribuição que isto pode trazer para a sociedade. “A constante evolução e sofisticação dos ataques cibernéticos faz parte do cenário da Cibersegurança. Nesse sentido, a incorporação da perspectiva psicológica à área pode auxiliar no aprimoramento da qualidade e efetividade das técnicas e estratégias tradicionais de defesa já existentes. Há muito a somar ao possibilitar uma melhor análise e entendimento do perfil dos autores das ameaças e ataques, o que, por sua vez, promove uma defesa mais inteligente e adaptada a cada contexto”, explicou.

As alunas conheceram o professor Aldri e o projeto de extensão por meio de uma chamada feita pelo docente em busca de alunos de Psicologia interessados em fazer Iniciação Científica (IC) na área de Cibersegurança. “Conhecemos o professor Aldri por uma chamada feita por ele a procura de estudantes de Psicologia para ajudar no estudo dessa área. De cara nos interessamos e mandamos o e-mail. Fazer IC com o professor Aldri foi uma decisão fácil, pela sua grande referência e excelência, pela dedicação com o projeto e os alunos, pela proatividade, organização e empenho dele em nos ensinar. É um excelente professor e orientador”, garantiram.

De acordo com o professor Aldri, a Cibersegurança fará cada vez mais parte do dia a dia da sociedade e a carência de profissionais é imensa no mundo. “Estamos apenas iniciando um novo momento da histórica, assim como aconteceu com o próprio surgimento da Computação. E a UFMG participará e dará sua contribuição para consolidar essa mudança. Vejo um futuro brilhante para a Sofia e para a Evelyn e estou muito feliz delas participarem do projeto com muita dedicação. Espero poder oferecer a mesma oportunidade para que mais alunos da Computação e da Psicologia venham a se juntar ao projeto”, concluiu.

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